sexta-feira, 27 de agosto de 2010

The answer is blowin' in the wind...


Chego no bar, o bar de sempre. Peço um café, forte. Dessa vez o que muda não é o bar, mas sim o pedido. Talvez por ser oito horas da manhã.
Sexta-feira; Manhã chuvosa, manhã incerta.
Acaba de chegar meu café. Acendo um cigarro. O moço do bar me nota e percebe que estou escrevendo, pergunta-me se desejo que ele acenda as luzes, digo-o que sim e agradeço.
Analiso, no entanto, não há tantas coisas para se analisar. Percebo um velho homem sentado em uma mesa perto da minha, demonstrando em sua expressão insegurança e incerteza dos diversificados fatos do cotidiano. Uma mulher chega ao bar, e senta-se, o acompanhando, mas o olhar indiferente do homem faz com que demonstre que não a conhece, ou faz-se de despreocupado. Os dois saem juntos.
Agora resta comigo meu café, meu cigarro, e eu, ainda observando cada movimento(mesmo que não haja tantos para observar).
Na rua os carros passam, barulhentos e apressados;
Nas calçadas as pessoas...ah, as pessoas... com seus guarda-chuvas e suas faces insatisfeitas por mais um dia... Rotina impiedosa.
Termino de tomar meu café, e vou embora, para onde eu não sei, apenas saio. Talvez para um lugar aonde haja mais o que observar que não seja um velho homem que nem ao menos sei se sabe a sua identidade.
Enfim, talvez a mulher o conte que é sua esposa, e ele acabe por descobrir, esquecendo outra vez com o porre do amanhã, e a vida continua, sem cessar, ela nunca cansa, quem cansa somos nós...

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